domingo, 5 de março de 2017

Quem é você para julgar?

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Você já deve ter ouvido alguém falar: “não critique para também não ser criticado.” Diariamente, algumas pessoas dizem que não se deve julgar, contudo, muitas vezes, elas próprias não reconhecem as suas falhas. 
Com o uso da internet, hoje em dia é muito mais fácil julgar. Basta acessar uma rede social, fazer uma postagem sobre um determinado assunto que divide opiniões e aguardar os comentários que vão apontar se o conteúdo escrito está certo ou errado. Não demora muito para que a sua postagem fique cheia de julgamentos.
Essas atitudes também são vistas no meio de inúmeras pessoas que se dizem cristãs. Isso acontece porque muitos se colocam na posição de juiz, como se tivessem a autoridade de sentenciar as ações do próximo. Muitas vezes, esses cristãos se escondem atrás do tempo que frequentam a igreja para agir com arrogância ao apontar os pecados dos outros.
E não é apenas dentro da igreja que esse comportamento pode ser visto. Há cristãos que fazem xingamentos a familiares não convertidos e tratam mal aqueles que não possuem a mesma fé na vizinhança ou no trabalho. O que não percebem é que, em vez de aproximar essas pessoas de Deus, acabam afastando-as.
Em seu blog, o bispo Júlio Freitas destaca que muitos cristãos julgam os erros das outras pessoas porque não enxergam os próprios. “Existe uma grande diferença entre o que pensamos que somos, ou seja, a imagem que temos de nós mesmos, e o que somos de verdade”. Ele diz que que essas pessoas “não valorizam o mais importante, que é a sua Salvação, a sua comunhão com Deus, porque manifestam uma fé religiosa, tradicional, sistemática, ficam cegas e não conseguem ver o que o pecador, o arrependido, vê.”
A própria Bíblia Sagrada diz que apontar o defeito no outro, possuindo-o também em si mesmo é ainda pior. “E por que vês o argueiro no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu? (...) Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão” (Mateus, 7:1-5).
É preciso, então, entender que o verdadeiro cristão, aquele que realmente segue os princípios de Jesus, tem consciência de que não deve julgar, mas, sim, amparar a todos, sem preconceito. “Você não pode estar em um extremo nem no outro. Não se pode inferiorizar nem superiorizar, mas estar equilibrado e se enxergar como Deus o vê. Você tem de olhar para as outras pessoas e vê-las como Deus as vê”, orienta o bispo Júlio Freitas.
O maior exemplo
Sempre que sentirmos vontade de apontar o dedo para alguém devemos nos lembrar do exemplo de Jesus Cristo. Ele era o Filho de Deus, sabia de Sua autoridade perante todas as pessoas e, apesar disso, nunca se mostrou superior a ninguém.
Ao contrário, Ele foi o maior exemplo de amor e perdão ao próximo. Sempre acolhia a todos, até mesmo os pecadores. Um dos exemplos pode ser visto na passagem bíblica da mulher adúltera que foi apedrejada por seu pecado (João, 1:7-11). Ali, Ele disse a todos que queriam condená-la: “quem não tiver pecado atire a primeira pedra” e, logo em seguida, avisou à mulher: “eu não te condeno, vai e não peques mais”.
Outro exemplo que mostra o quanto Jesus não era superior a ninguém está descrito na passagem da Última Ceia, quando Ele lavou os pés de todos os discípulos.
Ele poderia ter ordenado que cada um deles lavasse os próprios pés. Mas, como não era esse o legado que queria deixar, surpreendeu a todos ao colocar água na bacia, abaixar-se até o chão e assumir a posição de servo, fazendo o trabalho que ninguém faria.
Por meio daquele gesto, Jesus demonstrou uma grande lição de humildade e ensinou que todos deveriam fazer o mesmo.
Portanto, se o verdadeiro cristão se inspira nas atitudes de Jesus, por que perder tempo falando da vida dos outros, lançando indiretas e frases que condenam as pessoas, e julgando as suas atitudes?
Em vez de julgar, todo verdadeiro cristão deve praticar o Segundo Mandamento deixado por Deus que diz “amarás o teu próximo como a ti mesmo”, acolhendo as pessoas com atitudes de graça e amor, sendo amável e tolerante com todos, sem distinção.
É preciso entender que sua comunhão com Deus também depende do relacionamento que você tem com as outras pessoas. Se você se julga juiz de todas as situações, será muito difícil para o Espírito Santo usá-lo para chegar aos aflitos e necessitados da Palavra de Deus.
Avalie como você tem olhado para o próximo e seja misericordioso com ele. Lembre-se que, embora você se julgue “correto”, seus muitos pecados realizados até aqui também já foram perdoados pelo Senhor Jesus.

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