quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Eleições 2016: Mais de 20 pessoas já foram mortas nesta campanha eleitoral pelo país

José Gomes da Rocha era candidato à Prefeitura de Itumbiara (GO) pelo PTB
José Gomes da Rocha era candidato à Prefeitura de Itumbiara (GO) pelo PTB

O ataque a tiros que matou o ex-prefeito e candidato à Prefeitura de Itumbiara (GO), José Gomes da Rocha (PTB), e feriu o vice-governador de Goiás, José Eliton (PSDB) foi o mais recente de uma série de homicídios e tentativas de homicídio contra candidatos nas eleições de 2016. Ao menos, mais de seis candidatos e outras pessoas envolvidas em política foram mortas durante esta campanha eleitoral.

Eliton, que é o governador em exercício, e Rocha participavam de uma carreata durante a campanha eleitoral em Itumbiara na quarta-feira (28) quando foram alvejados pelo motorista de um carro. O autor dos disparos foi morto pelos seguranças do vice-governador.

Ainda nesta quarta, o candidato a prefeito de Santa Cecília (SC) João Rodoger de Medeiros (PSD) sofreu uma tentativa de assassinato. Um homem alvejou o veículo do político --três balas atingiram o para-brisa da caminhonete e duas, o capô. O candidato não se feriu.

Dias antes, no Rio, a vítima foi o presidente da Escola de Samba Portela, Marcos Vieira Souza, 52, conhecido como Marcos Falcon (PP). Ele era candidato a vereador e foi morto a tiros de fuzil durante uma emboscada, feita por quatro homens em um carro perto do comitê de campanha, na zona Norte da cidade.

Falcon era subtenente da Polícia Militar e estava licenciado para o período eleitoral. Durante vários anos foi parte da Divisão Antissequestro da Polícia Civil. Ele era casado com a porta-bandeira da Beija-Flor, Selminha Sorriso. Ele já foi acusado de ter tramado o assassinato da então chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, hoje deputada estadual pelo PDT.

No último fim de semana, também no Estado do RJ, o candidato a vereador no município de Itaboraí José Ricardo Guimarães Costa (PTC), conhecido como Capitão Guimarães, morreu após ter sido após ter sido baleado por criminosos quando passava na garupa de uma moto na comunidade de Reta Velha. Ele era capitão reformado da Polícia Militar (PM) e estava na comunidade em um compromisso de campanha.


No começo desta semana, no Rio Grande do Norte (RN), o vereador candidato à reeleição Manoel Clementino do Carmo (PMDB) foi morto a tiros durante uma carreata política na cidade de Serrinha dos Pintos. Policial militar da reserva tinha 56 anos. Um homem abriu fogo contra a multidão, matando o vereador.

No dia 20, o alvo foi candidato a vereador da cidade de Pinhais (PR), Celso Santos (PDT), de 46 anos. Ele foi baleado durante a manhã, e o atirador o chamou pelo nome antes de efetuar os disparos. Os tiros o atingiram de raspão.

No começo do mês, José Cláudio Carvalho Borges (PSDB), vereador candidato a reeleição na cidade de Barra (BA), foi assassinado no fim de um evento político. Dois homens dispararam contra o político durante a carreata do candidato a prefeito Deonísio de Assis (PSDB), que escapou ileso. 

Outros atentados

Na madrugada de sexta-feira (23), um candidato a prefeito de Japeri, na Baixada Fluminense, também policial militar, sofreu um atentado a tiros. André Luis de Oliveira Cristino, mais conhecido como Andrezinho de Japeri, 39, foi atacado quando chegava em casa após um compromisso de campanha, segundo a Polícia Civil. O candidato não se feriu.

Também neste fim de semana, um candidato a prefeito no Piaui (PI) foi alvo de uma tentativa de homicídio. Romualdo Brazil (PSOL), que disputa a prefeitura de Demerval Lobão, foi atingido por um tiro no braço durante visita a uma ocupação.

Em agosto, o candidato a vereador no Guarujá (SP) Cerciran dos Santos Alves (PSDB), foi morto com vários tiros perto do seu comitê de campanha. Conhecido como Celso do Transporte, ele foi morto dentro de seu carro. Foram feitos pelo menos 15 disparos.

Reforço do Exército

O estado do Rio de Janeiro está entre os que mais têm registrado ocorrências na atual campanha eleitoral, sobretudo na região metropolitana da capital.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou o envio de tropas nas eleições para a capital e mais dez municípios. A solicitação foi feita pelo governo do estado e pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), após os vários casos de assassinatos de pré-candidatos em municípios fluminenses.

(Com Agência Brasil)

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