quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Sexo com o Diabo: dormindo com inimigo

3. MATRIMÔNIO INFERNAL

Sexo com o DiaboNo início parecia tudo um mar de rosas, parecia uma mulher feliz e com um casamento perfeito. Meu casamento era invejado por muitos, mas o meu dia a dia era tudo uma mentira. Dentro de mim existia um vazio, uma tristeza, uma dor, uma alegria fingida. Um ano depois fiquei grávida, foi uma gravidez planejada, mas ao engravidar começaram a surgir problemas que eu não conseguia entender. Meu marido começou a ficar mais distante e o anjo cada vez mais próximo. Eu era uma mulher independente, formada em Animação Desportiva, mas era muito teimosa.

Insistia em trabalhar, mesmo estando com a barriga já grande. Por outro lado, meu marido insistia em ficar em casa. A essa altura, o tal anjo começou a se deitar em nossa cama conosco. Eu comecei a ficar com medo dele, ao ponto que muitas vezes repudiava meu marido (porque o tal anjo estava lá, no meio de nós). O meu marido pensava que as coisas que eu falava eram para ele. De tal forma, tornava-se agressivo comigo.

Muitas vezes, sentia uma mão acariciar minha barriga. Pensava que era meu marido. Mas quando abria os olhos e via que era o tal anjo, eu gritava. O anjo me dizia: "Fátima! Você vai ser muito rica, mas veja quer tem um preço a pagar: Eu não entendia nada. A essa altura, já tinha parado de fumar drogas porque tinha um filho na barriga. No entanto, tinha ataques muito estranhos, desmaios, crises nervosas.

Aparentemente era saudável, mas eu era mesmo muito nervosa; tudo me irritava, sentia dores de cabeça, mas muitos me diziam que era normal. Meu filho nasceu em novembro. Fiquei financeiramente muito ri a e os problemas se multiplicaram. A inveja dos que me rodeavam era aberta, só eu não via.

O tal anjo passou a ficar constantemente, dia e noite, ao meu lado. Os tais desmaios, as crises nervosas, angústia, tudo aumentou. Eu sentia uma solidão interior. O estranho era que eu tinha dinheiro, uma casa bonita à beira-mar, empregadas, um filho lindo, mas sentia um grande vazio. Apesar desta tristeza que me consumia, tinha que fingir que era feliz.

Andava sempre indisposta. Um dia estava normal, outro dia ficava doente, e ninguém conseguia achar a causa daquela indisposição. Tinha dores de cabeça, que tudo à minha volta parecia apertar meu crânio. Meu marido começou a beber. Eu o achava muito desligado de mim. Começou a dar mais atenção aos amigos do que a nós (eu e meu filho). Nós tínhamos muito dinheiro e éramos muito novos. Estávamos no ano de 1983/1984.

O anjo estava agora tentando me tocar: por várias vezes lhe dizia: "não me toca, sai daqui!" Ninguém o via, somente eu. Que perturbação! Como falar disso a alguém? Eu começava a pensar em como fugir daquele anjo que estava se tornando tão assustador para mim. Estava sentindo muito medo, o mesmo medo que sentia quando era criança.


Em breve continuaremos com o capítulo 4: A traição

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